14/12/2014


bons sonhos tipográficos!








10/12/2014

você já parou para pensar que existe alguém que desenha as letras?  

Eu não havia pensado nisso até assistir Helvética! Trata-se de um longa-metragem produzido por Gary Hustwit, que explana sobre o significado da tipologia como um todo, dando um foco especial a uma das tipos mais importantes do design,  a Helvética. O filme conta que a fonte foi criada em 1957 pelos designers Max Miedinger e Eduard Hoffmann, para a empresa Haas Type Foundry, em Münchenstein, na Suíça, sendo comercializada pela Linotype em 1961 no mundo todo. O objetivo era desenvolver uma fonte que pudesse competir com a aclamada Akzidenz-Grotesk. O nome da fonte é derivado da Helvetia (nome Suíça em latim).
O que torna o filme ainda mais interessante é que este não conta apenas a história de uma fonte, mas da nossa relação cotidiana com a tipologia através dos produtos que consumimos desde o nascimento e das publicidades nos espaços urbanos das grandes cidades. 






© Helvetica / 2007 Swiss Dots



© Helvetica / 2007 Swiss Dots




© Helvetica / 2007 Swiss Dots

Entre as preocupações que originaram o desenho da Helvética estava a legibilidade, neutralidade e ausência de significado intrínseco na sua forma, para que a mesma pudesse ser usada numa gama de sinais. Legibilidade, de acordo com Gerrit Willem Ovink, é “a facilidade e precisão com a qual o leitor percebe os textos impressos”. Esse é um dos motivos da Helvética sobreviver, e se manter funcional e agradável após mais de 50 anos de existência. 
O filme reforça a importância  da tipografia para o sucesso de um projeto gráfico. Cada detalhe, desde os mais pequenos, pode mudar drasticamente a agradabilidade visual. Não basta apenas escolher uma fonte bonita, é preciso escolher a fonte certa para determinado projeto. É indispensável que esta contribua para a leitura e compreensão do conteúdo. 

24/10/2014


Moses Bridge

O desafio era projetar uma conexão entre os dois lados de uma zona de inundação onde o nível da água é profundo o suficiente para se atravessar a pé e rasa a ponto de descartar o uso de barcos.  







25/02/2013


interativo x reativo


É certo que nossa relação com o mundo atual acontece a partir de novas intervenções tecnológicas sobre o corpo, aumentando a velocidade e diminuindo as distancias espaciais. Se a tecnologia tem moldado nossa sociedade e alterado nossa percepção do espaço, com certeza a arquitetura não está inerte nesse meio. A arquitetura não pode mais ser considerada estática e imutável, é o que afirma o arquiteto especializado em design e pesquisa de sistemas interativos Usman Haque. (ver aqui: http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/149/artigo26764-2.asp)

Quando pensamos a arquitetura a partir dos processos perceptivos inseridos no contexto atual, percebemos que ela pode adquirir outras características, como fluidez da matéria, flexibilidade, imediaticidade, fragmentação, instabilidade, versatilidade, heterogeneidade e interatividade. Essa ultima característica é explicada e exemplificada por Usman Haque no artigo disposto anteriormente. De acordo com o arquiteto, interação diz respeito à transmissão de informações entre dois sistemas, que podem ser duas pessoas, duas máquinas ou uma pessoa e uma máquina. Deve haver uma transmissão de forma circular, do contrário, haverá apenas uma relação "reativa".

Exemplos de relações reativas podem ser encontrados no trabalho do artista Daan Roosegaarde do Studio Roosegaarde. 



A imagem acima é da obra Flow 5.0, um ambiente constituído por uma parede de 10 metros com centenas de sensores que reagem ao som e movimento ativando ventiladores. Abaixo, outra parede composta por folhas que abrem e fecham em resposta ao comportamento humano, alterando a transparência da parede e a quantidade de luz visível. 




Para conhecer melhor o trabalho do artista, que é incrível, acesse o site: http://www.studioroosegaarde.net


Ainda segundo Usman Haque, os dispositivos reativos ou de circuito único são úteis para metas funcionais, como proporcionar conforto térmico e lumínico aos usuários no interior de edifícios, entretanto, é a relação interativa que permitirá que as pessoas construam e/ou adaptem os espaços de acordo com suas necessidades, por meio de diálogos. Nesse sentido o arquiteto apresenta experimentos de arquitetura feitos pela Haque Design + Research.

O experimento Sky Ear, que aparece nas imagens abaixo, aconteceu em Londres, 2004. Seu objetivo era responder em tempo real aos inputs das pessoas, do ambiente ou de dispositivos eletrônicos. Tratava-se de uma nuvem de fibra de carbono flutuante composta por mil balões de hélio, sensores eletromagnéticos e telefones celulares. De acordo com o conceito apresentado por Usman, esse experimento era interativo porque permitia que a platéia participasse  de forma colaborativa. A nuvem era um sistema de sensor que correspondia a ondas eletromagneticas geradas por chamadas de telefones celulares, produzindo por si mesma, campos magnéticos. 

Para saber mais: http://www.haque.co.uk/skyear.php





17/02/2013

sem dúvida, subir às nuvens está em alta.

Depois do velhinho Carl Fredricksen, protagonista da animação “Up – Altas Aventuras”, do padre Adelir de Carli e dos americanos Kent Couch e Jonathan Trappe é a vez do do artista francês Laurent Chéhère levantar vôo. Mas ao invés de prender a casa ou a si mesmo a balões de gás de hélio, o artista utiliza a arte da foto-manipulação. Como o próprio nome indica é a arte de manipular, alterar fotografias. Essas alterações podem ser para realçar determinados aspectos como cor, luz e brilho e até mesmo acrescentar novos elementos.


A estratégia do artista consistiu em primeiramente desenhar residências imaginárias e em seguida buscar elementos semelhantes em residências reais, localizadas  no subúrbio da cidade de Paris. Portas, janelas, escadas, telhados e outros elementos são fotografados separadamente. Laurent finaliza com um trabalho de edição. Para enfatizar o aspecto surrealista acrescenta outros elementos como balões, pássaros e pessoas no telhado. 

O artista teve como referência o média-metragem O balão vermelho de Albert Lamorisse rodado em 1956 no subúrbio de Paris. O filme descreve a relação entre um garoto e um balão, reproduzindo uma atmosfera melancólica de sonhos alcançáveis e/ou inalcançáveis. 

A série será exposta na galeria paulistana Lume Photos, ainda no primeiro semestre, depois de ser exibido em Paris, Colônia, Alemanha, e em Barcelona, na Espanha.


11/02/2013


paisagens portáteis



Tenho lido, percebido e vivenciado muita coisa bacana que penso ser mais úteis quando armazenadas e compartilhadas aqui, no meio virtual, que guardadas em pastas e blocos de anotações pessoais. O blog nasceu da vontade de compartilhar, oferecer dicas, referências sobre viagens, design, arte, arquitetura, da cidade, da paisagem e afins. 
O título paisagens portáteis remete ao modo atual de perceber e entender o mundo. Paisagem, num sentido mais amplo, vai além do território que com os olhos se pode ver.